O 'caminho' de Gandhi
Morrissey refere numa entervista que é triste a facilidade como, hoje em dia, se pode obter quantidades estúpidas de música com o objectivo único de a armazenar. Não posso estar completamente de acordo (e isto dava pano pra mangas) mas acabo por dar-lhe uma certa razão, na medida em que, na maior parte das vezes, a música é mais 'armazenada' do que 'ouvida', na medida em que raramente existe um tempo considerável de espera que alimente o desejo de a ouvir com tal genuinidade... entre alguns outros factores inerentes a nova esfera digital que considero negativos. O carismático lider dos Smiths relembra ainda a significância do simples acto esquecido de ir à loja de discos, e lá procurar música, ouvi-la... afirma que isso se perdeu. Ora, eu sou da opinião de que isso antes se tranformou num método que, quando controlado, apenas deixou de ser físico. Ou seja, a procura e experimentação apenas se deslocou da loja para o ecrã, e isso, por ventura, até se tornou mais rico com a variedade e disponibilidade que a internet nos proporciona. Por conseguinte, seria tão fácil encontrar o artista que menciono adiante numa loja de discos convencional como eu conseguir o lugar de psicólogo na Câmara municipal de Gondomar.
Morrissey refere numa entervista que é triste a facilidade como, hoje em dia, se pode obter quantidades estúpidas de música com o objectivo único de a armazenar. Não posso estar completamente de acordo (e isto dava pano pra mangas) mas acabo por dar-lhe uma certa razão, na medida em que, na maior parte das vezes, a música é mais 'armazenada' do que 'ouvida', na medida em que raramente existe um tempo considerável de espera que alimente o desejo de a ouvir com tal genuinidade... entre alguns outros factores inerentes a nova esfera digital que considero negativos. O carismático lider dos Smiths relembra ainda a significância do simples acto esquecido de ir à loja de discos, e lá procurar música, ouvi-la... afirma que isso se perdeu. Ora, eu sou da opinião de que isso antes se tranformou num método que, quando controlado, apenas deixou de ser físico. Ou seja, a procura e experimentação apenas se deslocou da loja para o ecrã, e isso, por ventura, até se tornou mais rico com a variedade e disponibilidade que a internet nos proporciona. Por conseguinte, seria tão fácil encontrar o artista que menciono adiante numa loja de discos convencional como eu conseguir o lugar de psicólogo na Câmara municipal de Gondomar.
Boy Omega é o pseudónimo de Martin Henrik Gustafsson, singer-songwriter-composer-or whatever proveniente da Suécia. As suas influências são variadíssimas, e o seu som relembra características de artistas como: The Cure, Elliott Smith, Patrick Wolf, The Arcade Fire...
O que sucedeu com o álbum que apresento justifica em pleno esta referência ao panorama musical actual. Surge no centro de tanta negatividade em relação à problemática do uso massivo da música na internet. Mostra que, de vez em quando, podemos ter coisas extremamente inacessíveis, e ainda assim manter aquilo que é essencial a uma verdadeira adoração musical, um simbólico e merecido tempo de espera.
O que sucedeu com o álbum que apresento justifica em pleno esta referência ao panorama musical actual. Surge no centro de tanta negatividade em relação à problemática do uso massivo da música na internet. Mostra que, de vez em quando, podemos ter coisas extremamente inacessíveis, e ainda assim manter aquilo que é essencial a uma verdadeira adoração musical, um simbólico e merecido tempo de espera.

Boy Omega - The grey rainbow EP (2006)
2 comments:
onde posso ler a entrevista do morryssey?
Não a li directamente, a fonte é este artigo escrito num blog:
http://diezauno.blogspot.com/2007/03/quin-cortar-nuestro-cabello-cuando-nos.html
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